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A Ra�a Criola
 
Antecedentes Hist�ricos da Ra�a de Cavalos Crioulos

Em 1493, os cavalos espanh�is pisam pela primeira vez em terra americana, na ilha La Espanola, hoje S�o Domingos, e s�o os antepassados diretos, de todos os cavalos "crioulos" americanos. Uma vez aclimatado ao novo ambiente e incrementada sua cria��o com as importa��es realizadas posteriormente, reproduziu-se com rapidez, em poucos anos, estendeu-se para as outras Antilhas e passou ao Continente. Panam� e a Col�mbia parece que foram as primeiras regi�es em import�ncia na produ��o de rebanhos. Do Panam� passaram ao Per�, levados por Pizarro e ali come�aram a multiplicar-se a partir de 1532, e � tamb�m ali que chegam, em 1538, cavalos provenientes da cria��o de Santiago de Uruba (Col�mbia). Charcas se transforma assim, em um importante centro produtor de equinos. Contemporaneamente, Pedro de Mendonza (1535) e Alvar N��ez Cabeza de Vaca (1541), introduzem cavalos diretamente da Espanha, no Rio da Prata e no Paraguai. Alonso Luis de Lugo se compromete a levar da Espanha, para conquista de Nova Granada, "duzentos cavalos" e Hernando de Soto sai de San L�car de Barrameda (1538), com "cem cavalos" para sua expedi��o na Fl�rida. A partir deste momento come�a no Continente, que nos abrangeu a coloniza��o espanhola e especialmente no sul-americano, um verdadeiro interc�mbio de rebanhos equinos entre as distintas regi�es. Procedem de Charcas as que Valdivia, 1541, levou ao Chile e em 1548 Diego de Rojas para Tucumam, e da�, em 1573, Luis de Cabrera para C�rdoba e logo � Santa F�. Nesta zona, mais ou menos na mesma �poca, chegam cavalos paraguaios, trazidos por Garay, descendentes dos que h� 30 anos antes Cabeza de Vaca introduziu diretamente da Espanha e dos que, em 1569, Felipe de C�ceres levou do Per�.
Do Paraguai procederam, tamb�m, os rebanhos equinos que chegaram � Buenos Aires, 1580, levados por Juan de Garay e Adelantado Juan Torres de Vera e Arag�m a Corrientes, em 1588. Do Chile chegam � Argentina, 1561, atrav�s de Cuyo, rebanhos tra zidos por Francisco de Aguirre, Castillo e outros. Entra no Chile, em 1605, os que levou do Rio da Prata governador do Chile, Garcia Ramos, e os que, 1601, levou de Tucumam o Capit�o L�pez Vasques Pesta�a. Verifica-se (Goulart, 1964) que a cria��o de cavalos se inicia nas redu��es do Rio Grande do Sul, em 1634, com os trazidos pelos padres jesu�tas Crist�bal de Mendonza e Pedro Romero, desde Corrientes, onde os levou, em 1588, Alonso de Vera e Arag�m, desde Assun��o. Paralelo � este movimento de rebanhos mansos, seja por abandono ou fuga dos domesticados ou porque, com o correr dos anos, o n�mero destes foi aumentando na forma tal que superou as possibilidades ou as necessidades dos primeiros habitantes, de mante-los sob controle, no norte e no sul do continente americano, este primitivo rebanho crioulo se dispersou, formando enormes rebanhos selvagens, que no M�xico e Estados Unidos chamaram de "meste�os" e "mustangs" e "cimarrones" nas ilhas e Am�rica Central. No Rio da Prata os designaram como "baguales", o "kait�" dos �ndios pampas que acompanharam o Dr. Zeballos (1834) em sua viagem ao Chile, ou "sagu�" dos indios do noroeste argentino. Dos dispersados, os "cimarrones" que habitaram os "len��is dominicanos" ou "planos da Venezuela", se diz que eram ca�ados no primeiro quarto s�culo XVIII. Roberto Cunninghame Graham (1946) diz em seu livro que, por esses anos, nos planos da Venezuela, era o �nico lugar da Am�rica onde podiam encontrar-se cavalos "cimarrones". O "mustang" americano ou o "meste�o" mexicano tem origem parecida. Cabrera (1937 e 1945) e Denhardt (1947) explicam que n�o podiam ser cavalos abandonados ou perdidos pelas expedi��es de Cabeza de Vaca (1528, 1537) ou de Soto (1539, 1543), ou pela de Coronado (1540, 1542), porque a primeira n�o levava cavalos e as duas �ltimas praticamente perderam todas suas montarias, mortas por fadiga da viagem ou pelos �ndios.
Acredita-se que foi Juan de O�ate, aproximadamente em 1595, quem levou ao sudoeste dos Estados Unidos, os antepassados do "mustang". Parte daqueles cavalos domesticados se dispersou posteriormente das miss�es, fazendas ou "ranchos" atacados pelos �ndios e constituiram o que a literatura americana chamou de "cavalos selvagens", que eram cavalos mansos que viraram selvagens, "cimarrones" ou "baguales", segundo as denomina��es que lhes deram nos "len��is dominicanos" ou na "pampa sul americana". Dos originais "ginetes" andaluzes, possivelmente muitos morreram durante as conquistas, mas outros, sem d�vida, se reproduziram e seus descentendes, aclimatados pelo meio americano durante muitas gera��es, forjaram essas popula��es crioulas, constitu�das pelo "pequeno grande cavalo da Am�rica",como acertadamente batizou Guilherme Echenique.
 
A Ra�a Quarto de Milha
Ela surgiu por volta de 1600, transformando-se na " mais Vers�til do Mundo"


A ra�a Quarto de Milha foi a primeira a ser desenvolvida na Am�rica, por volta do ano de 1600. Os primeiros animais que a originaram foram trazidos da Ar�bia e Turquia � Am�rica do Norte pelos exploradores e comerciantes espanh�is. Os garanh�es escolhidos eram cruzados com �guas que vieram da Inglaterra, em 1611. O cruzamento produziu cavalos compactos, com m�sculos fortes, podendo correr dist�ncias curtas mais rapidamente do que nenhuma outra ra�a. Com a lida no campo, na desbrava��o do Oeste Norte-americano, o cavalo foi se especializando no trabalho com o gado, puxando carro�as, levando crian�as � escola. Nos finais de semana, os colonizadores divertiam-se, promovendo corridas nas ruas das vilas e pelas estradas dos campos, perto das planta��es, com dist�ncias de um quarto de milha (402 metros), originando o nome do cavalo.
Com o passar do tempo, essa mania virou parte integrante na vida dos criadores. Preocupados com a preserva��o da ra�a, registros e dados dos cavalos, um grupo de criadores norte-americanos e da Rep�blica Mexicana resolveram fundar, em 15 de mar�o de 1940, a American Quarter Horse Association (AQHA), em College Station, Texas.

No ano seguinte, foi registrado o primeiro eq�ino pela associa��o norte-americana: Wimpy (Solis x Panda), nascido na King Ranch (Kingsville, Texas) em 1937, morrendo em agosto de 1959 A Origem da Ra�a



Wimpy, o cavalo americano precursor da ra�a

Corria o ano de 1946, quando a AQHA se transferiu para Amarillo, Texas, onde se encontra at� hoje, tornando-se a maior associa��o de criadores do mundo, com cerca de 305 mil s�cios e mais de 2,96 milh�es de cavalos registrados



QM no Brasil

Caracolito, o primeiro cavalo registrado na ABQM Tudo come�ou em 1955, quando a Swift-King Ranch (SKR) importou seis animais dos Estados Unidos para o Brasil. Entre eles, veio Saltilo Jr, com a finalidade de melhorar os animais das fazendas que a empresa possu�a no Estado de S�o Paulo. Posteriormente, a SKR importou mais seis animais, com a mesma finalidade, sempre de sua matriz norte-americana, a famosa King Ranch, no Texas, a maior fazenda dos EUA.
� medida que v�rios pecuaristas, banqueiros e homens de neg�cios tiveram a oportunidade de conhecer os animais Quarto de Milha, come�aram a pressionar a SKR para que lhes vendessem alguns exemplares. A companhia atendeu a poucos criadores, vendendo um n�mero reduzido de potros. Entre os primeiros compradores, estavam Washington Junqueira Franco, Carlos Eduardo Quartim Barbosa, Jos� Oswaldo Junqueira e Francisco Carlos Furquim Correia, de Ara�atuba (SP), o grande divulgador inicial da ra�a.

A press�o dos interessados aumentou muito junto � SKR. At� que, em maio de 1968,em Presidente Prudente, a Companhia realizou seu primeiro leil�o, levando a remate, sob o martelo de Trajano Silva, quatro potros puros e sete mesti�os. Os puros leiloados foram: Clarim Brasil, Barravento, Comandante Brasil e Cacareco Brasil, adquiridos respectivamente por Francisco C. Furquim Correia, Jos� Mac�rio Perez Pria, Roberto Reichert e Heraldo Pessoa. O remate foi um sucesso e o marco inicial da dissemina��o da ra�a no Brasil.

Em 15 de agosto de 1969, foi fundada a Associa��o Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha (ABQM), no Parque da �gua Branca, em S�o Paulo, mas a sede foi transferida para Bauru, no escrit�rio de Heraldo Pessoa, sendo o primeiro presidente Jos� Eugenio Resende Barbosa.

O primeiro animal registrado na ABQM foi Caracolito, nascido em 10 de mar�o de 1957, no Texas (EUA), filho de Caracol, por Wimpy. Importado pela Swift King Ranch, serviu 9 �guas na temporada e 139 em toda a sua vida reprodutiva, gerando produtos puros e mesti�os, morrendo em 17 de setembro de 1974.

Hoje, o plantel brasileiro � composto por 242 mil animais registrados, sendo 62 mil puros, com 30 mil propriet�rios e criadores cadastrados, conforme n�meros do Stud Book da ABQM. O presidente atual � Ov�dio Vieira Ferreira.
 
A Ra�a Arabe
A Lenda da Cria��o do Cavalo �rabe
no Mundo




Percorria ALAH o mundo, logo ap�s a cria��o, quando ao passar sobre o deserto ouviu os gritos e choro do bedu�no.
Ao perguntar-lhe por que assim chorava, respondeu-lhe o �rabe:
ide as riquezas que todos os outros povos ganharam e para mim s� tocou areias.
Percebendo ALAH que n�o havia sido equ�nime na distribui��o das benesses da terra disse-lhe:
Pois n�o chores mais, vou compensar-te dando um presente que n�o dei a povo algum.
E tomando com a m�o direita o vento sul que passava, falou:
Plasma-te, � vento sul! Vou fazer de ti uma nova criatura.
Ser�s o meu presente, e o s�mbolo de meu amor a meu povo. Para que sejas �nico e que nunca te confundam com bestas, ter�s:
O olhar da �guia, a coragem do le�o e a velocidade da pantera.
Do elefante dou-te a mem�ria, do tigre a for�a, da gazela a eleg�ncia.
Teus cascos ter�o a dureza do s�lex e teu p�lo a maciez da plumagem da pomba.
Ir�s saltar mais do que o gamo, e ter�s do lobo o faro. Ser�o teus, � noite, os olhos do leopardo, e te orientar�s como o falc�o, que sempre volta � sua origem.
Ser�s incans�vel como o camelo, e ter�s do c�o o amor ao seu dono.
E finalmente, Hissam ( o cavalo ), como um presente meu ao fazer-te �rabe, dou-te para todo o sempre e para que sejas �nico



A beleza da Rainha e a Majestade do Rei.



Hist�ria da Origem do Cavalo Puro Sangue �rabe



� a ra�a eq�ina mais antiga do planeta, tem sua origem nos reprodutores selvagens dos desertos da ar�bia descritos na B�blia datados de aproximadamente 2.000 anos e com isso participou da sele��o e forma��o de todas as outras ra�as equinas consideradas modernas.
Teve uma sele��o natural muito r�gida, pois foi selecionada no deserto pelos imp�rios militares Caldeus, Persas, Hititas e Ass�rios, com as frequentes tentativas de expans�o de territ�rios, entravam em lutas frequentes com os Bedu�nos.
Com a decad�ncia destes imp�rios militares, estes cavalos foram capturados pelos bedu�nos, que necessitavam de um cavalo com muita resist�ncia, rusticidade, intelig�ncia e docilidade.
Resist�ncia: os bedu�nos eram n�mades, portanto percorriam grandes dist�ncias e at� guerreavam em um terreno que exigia muito da condi��o f�sica ( for�a, rapidez e resist�ncia ) dos animais.

Rusticidade: o deserto n�o oferecia alimenta��o e nem �gua em abund�ncia, al�m disto a temperatura � muito elevada durante o dia e cai vertiginosamente � noite.

Intelig�ncia: os bedu�nos estavam em constantes guerras e invas�es de tribos inimigas, portanto n�o havia tempo dispon�vel para um treinamento muito longo dos animais.

Somente para ilustrar contarei uma est�ria / lenda sobre a intelig�ncia do cavalo �rabe:
Existiu um sheik que possuia aproximadamente 200 matrizes. Este sheik resolveu fazer uma experi�ncia, condicionou estas matrizes a retornarem para as baias toda as vezes que as trombetas fossem tocadas, por�m um certo dia o sheik resolveu n�o soltar as matrizes como de costume. Deixou estas matrizes presas por 5 dias aproximadamente sem tomar �gua, no 6� dia o sheik ordenou que as matrizes fossem soltas para irem beber �gua no riacho que existia nos fundos do haras, quando todas as matrizes estavam no meio do caminho novamente o sheik ordenou que tocassem as trombetas e somente 20 matrizes retornaram como de costume, ent�o o sheik descartou todas as outras matrizes e iniciou uma nova cria��o somente com as 20 matrizes que haviam obedecido ao comando de retornar quando do toque das trombetas.

Docilidade: como j� salientamos a temperatura no deserto cai vertiginosamente � noite, com isso os Bedu�nos precisavam proteger as suas montarias do frio e vento, resolveram o problema reservando uma parte das suas tendas, junto com as suas esposas, filhos e ele pr�prio, para os animais.

Foi assim que o cavalo �rabe atravessou todos estes obst�culos e chegou at� o animal moderno que existe hoje, em todo o mundo.


 
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